Bloomberg — A pior crise hídrica do Brasil em quase um século e menor geração de energia hidrelétrica na Argentina transformaram a América do Sul em um mercado-chave para o gás natural liquefeito dos Estados Unidos em julho.
Pelo menos quatro cargas de GNL dos EUA estão a caminho da Argentina, segundo dados de exportações analisados pela Bloomberg News. O Gaslog Chelsea, com uma carga do terminal Cove Point, desviou da rota rumo a Roterdã em 21 de julho e agora segue para Bahía Blanca.
A Argentina já havia aumentado as importações em abril para evitar um déficit, pois os preços baixos e a pandemia paralisaram novas perfurações no país. A Argentina recebeu principalmente cargas parciais menores dos EUA em 2020-2021.
A seca no Brasil elevou o volume de GNL importado dos EUA para nível recorde em junho, quando recebeu 14 cargas. O Brasil agora lidera todas as importações entre países em julho, com 12 embarques baseados em chegadas de petroleiros até 26 de julho.
Inverno seco na Argentina e no Brasil
O GNL americano continua a fluir para a Ásia, com 12 cargas a caminho da Coreia do Sul, seguida pela China e Japão, cada um à espera de seis carregamentos.
No total, exportadores carregaram 77 navios-tanque no mês até o momento, um aumento de 6,9% das cargas por dia em relação a junho, quando 80 carregamentos foram exportados. O Sabine Pass superou todos os terminais de exportação com 25 petroleiros carregados, enquanto o Freeport enviou 16 cargas, e o Corpus Christi, 15, com o segundo e terceiro lugares.
Exportações
Na semana até 26 de julho, 20 navios-tanque chegaram a 12 países. Brasil e Coreia do Sul lideraram o ranking mundial, ambos recebendo 4 cargas. Chile e Índia ficaram com dois carregamentos cada.
No acumulado do mês, o Brasil liderou com 12 embarques recebidos, seguido pela Coreia do Sul com 11 carregamentos, e pela China com 8. A Coreia do Sul importou um total de 71 cargas neste ano, com China e Japão na sequência com 68.
Em trânsito
Existem atualmente 78 carregamentos dos EUA em trânsito. O Brasil deve receber quatro remessas, empatado com a Argentina, atrás do trio China, Japão e Coreia do Sul. Sete petroleiros estão a caminho do Canal do Panamá, com dois deles ancorados desde 24 de julho.
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