Bloomberg — Alguns eventos combinados causaram um lucro inesperado para a Visa Inc.: a retomada das viagens, a popularização das criptomoedas e os massivos estímulos econômicos nos EUA.
Os gastos com cartões da Visa aumentaram, chegando a US$ 2,72 trilhões no terceiro trimestre fiscal da empresa – explosão de 34% em comparação ao ano passado, quando boa parte do mundo passava por lockdowns rigorosos. O valor superou a média de US$ 2,57 trilhões de estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.
A Visa foi beneficiada pelo estímulo econômico fornecido aos consumidores dos EUA, bem como pela reabertura gradual e pela recuperação da economia do país. A empresa também afirmou ter constatado o aumento das atividades em cartões atrelados a criptomoedas à medida que mais consumidores buscam aproveitar a popularização dos ativos digitais.
“A Visa entregou outro trimestre sólido, pois muitas economias fundamentais importantes estão em uma recuperação impulsionada pela reabertura”, disse o diretor-presidente Al Kelly na terça-feira em uma declaração anunciando os resultados do período encerrado em 30 de junho. “Essa recuperação foi demonstrada pelo retorno dos gastos com crédito e compras presenciais”, disse, acrescentando que “os gastos com viagens internacionais aumentaram conforme as taxas de vacinação e com a abertura de mais fronteiras”.
Os gastos extras ajudaram a impulsionar a receita em 27%, chegando a US$ 6,13 bilhões – superando a média de US$ 5,86 bilhões das estimativas de analistas. Porém, os lucros foram afetados por uma carga tributária de US$ 1 bilhão durante o trimestre e aumentaram apenas 9% – chegando a US$ 2,58 bilhões ou US$ 1,18 por ação. Atualizando esses valores, o lucro foi de US$ 1,49, comparado com a média de US$ 1,35 das estimativas de analistas
A Visa, patrocinadora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, afirmou que investirá mais em marketing. As despesas operacionais do trimestre aumentaram 12%, chegando a US$ 2,07 bilhões, lideradas pelo aumento de 54% nos custos com marketing.
A Visa tem feito uma série de negócios nas últimas semanas. Em junho, a gigante de pagamentos concordou em adquirir a plataforma de open banking sueca Tink AB por 1,8 bilhão de euros. Semana passada, a empresa declarou que compraria a Currencycloud, plataforma de pagamentos internacionais, por 700 milhões de libras.
A Visa “continua a investir em estratégias que motivarão o crescimento futuro”, disse Kelly.
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