Pioram as condições das lavouras de soja e milho nos Estados Unidos

Dados do USDA mostram que áreas de soja classificadas como ruins ou muito ruins subiram 9,1% em uma semana, enquanto as lavouras de milho nas mesmas condições avançaram 11%

As lavouras de grãos nos Estados Unidos tiveram uma piora na última semana, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Diante de estoques apertados e demanda aquecida, mercado segue atento a qualquer mudança na oferta
26 de Julho, 2021 | 07:30 PM

São Paulo — As lavouras de soja e milho tiveram uma leve piora nas condições de desenvolvimento, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As áreas de milho avaliadas como ruins ou muito ruins cresceram 11% em uma semana, enquanto as lavouras de soja nas mesmas condições avançaram 9,1%.

Do total da área plantada com milho nos Estados Unidos, 9% foram classificadas como ruins ou muito ruins na semana encerrada no último dia 18. Na última semana, esse percentual era de 10%. Já as áreas classificadas como boas ou excelentes recuaram de 65% para 64% do total.

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No caso da soja, 12% das lavouras foram classificadas como ruins ou muito ruins na última semana, avanço de um ponto percentual em comparação à semana anterior. Já as áreas avaliadas como boas ou excelentes recuaram de 60% para 58%.

POR QUE ISSO É IMPORTANTE: O mercado segue atento ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. Diante de estoques extremamente baixos, qualquer alteração na oferta de grãos pode representar uma explosão nos preços. Isso porque, a demanda por parte da China segue aquecida e a indústria processadora dos Estados Unidos tem aumentado a procura por óleos vegetais, em especial de soja, para atender a política de mistura de biocombustíveis aos combustíveis convencionais. Vale lembrar que, nos Estados Unidos, a produção de etanol é feita a partir do milho.

Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.