Bloomberg — Os preços das casas nas nações mais ricas podem estar supervalorizados em cerca de 10% após um boom que durou uma década e é um dos mais fortes desde 1900, segundo a Oxford Economics.
A empresa de pesquisa britânica identificou Holanda, Canadá, Suécia, Alemanha e França como os mercados imobiliários de maior risco, baseando suas descobertas em tendências de longo prazo e razão entre preço/aluguel. A estimativa é de que os valores em 14 economias avançadas aumentaram 43% em 10 anos.
O boom atual está a caminho de se tornar o segundo mais longo e o terceiro em termos de aumentos de preços em 120 anos, rivalizado principalmente com último pico em 2006, pouco antes da crise financeira global.
Casas americanas viram o maior salto de preço em mais de 30 anos em abril, enquanto as propriedades do Reino Unido no mesmo mês tiveram a maior alta em quase duas décadas. Em ambos os mercados, as baixas taxas de hipotecas, a forte demanda por propriedades maiores nos subúrbios e a escassez de oferta estão entre os motivadores.
Apesar do menor crescimento nos últimos dois meses, os preços médios das casas no Reino Unido devem subir 21% nos próximos quatro anos.
As altas avaliações e a inflação contínua de preços aumentam a projeção de uma “grande reversão” mais adiante, embora aumentos mais lentos no crédito hipotecário em comparação com o que ocorreu até a crise financeira sugere riscos muito menores de quebra, disse Adam Slater, economista da Oxford.
“Uma questão-chave para os próximos anos será como as taxas reais se comportarão, dadas as influências opostas, como demografia, excesso de poupança e a possibilidade de inflação mais alta”, segundo o relatório.
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