(Bloomberg) — Os preços de imóveis pelo mundo estão mostrando sinais de bolha especulativa que não eram vistos desde a crise financeira de 2008, segundo a Bloomberg Economics.
Nova Zelândia, Canadá e Suécia estão entre os maiores mercados imobiliários do mundo, com base nos principais indicadores utilizados pela Bloomberg Economics. O Reino Unido e os Estados Unidos também estão no topo das listas de risco.
Trabalhadores remotos que precisam de mais espaço e os incentivos fiscais oferecidos por alguns governos a compradores de imóveis também motivam a demanda.
“Diversos fatores estão estabelecendo valores de imóveis inéditos no mundo”, afirmou o economista Niraj Shah no relatório. “O recorde de juros baixos, os estímulos fiscais, as economias feitas no lockdown prontas para serem usadas como entrada, o estoque limitado de imóveis e as expectativas de uma recuperação robusta na economia global contribuem para isso”.
A Bloomberg Economics compila cinco indicadores para estimar a bolha especulativa de um país, e um alto índice indica maior risco de correção. Entre os indicadores, as relações preço x aluguel e preço x renda ajudam a avaliar a sustentabilidade dos aumentos nos preços. O aumento nos preços dos imóveis afere o momento atual.
Para muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, os índices de preços estão mais altos do que estavam antes da crise financeira de 2008, segundo analistas da Bloomberg Economics.
Ranking das bolhas
Mesmo com o aumento das métricas de risco, com as baixas taxas de juros, os padrões de empréstimo mais altos que no passado e as políticas macroeconômicas prudentes em vigor, o gatilho de uma crise não é óbvio, segundo a análise. Shah disse que o próximo período provavelmente será caracterizado pela calmaria, não pelo colapso.
Ainda assim, o risco é maior quando há um aumento sincronizado nos preços de imóveis – como é o caso do ciclo atual, segundo Shah.
“Quando os custos de empréstimos começarem a aumentar, os mercados imobiliários e as medidas mais amplas estabelecidas para proteger a estabilidade financeira passarão por um teste crítico”, escreveu Shah.
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